A terminar a série Rainhas da Europa, onde se apresenta as princesas de Portugal que, por via do casamento, reinaram em várias nações europeias, surge uma moeda dedicada a D. Maria Bárbara de Bragança, que casou com D. Fernando VI de Espanha em 1729. Moeda criada pelo escultor Rui Vasquez, esta moeda apresenta no seu anverso a Representação da Troca das Princesas, cerimónia que se realizou no meio do rio Caia, entre Elvas e Badajoz, numa grandiosa ponte-palácio em madeira erigida para a celebração do duplo casamento dos filhos de D. João V de Portugal – D. Maria Bárbara e D. José – com os filhos de Filipe V de Espanha – D. Fernando VI e D. Mariana Vitória.
Maria Madalena Bárbara Xavier Leonor Teresa Antónia Josefa (Lisboa, 4 de dezembro de 1711 – Aranjuez, 27 de agosto de 1758) foi a esposa do rei Fernando VI e Rainha Consorte da Espanha de 1746 até sua morte. Era filha de D. João V de Portugal e da arquiduquesa Maria Ana da Áustria. Era conhecida como "a gorda" e apresentava algumas deficiências físicas que muito facilmente se conseguia ver.
O enxoval da princesa D. Maria Bárbara foi exuberante e deslumbrante. D. João V, para dar mais maravilhoso realce à cerimónia, mandou edificar o palácio de Vendas Novas, que ainda hoje se recomenda uma visita, com o único fim de dar dormidas durante duas noites, uma à ida e outra à volta, a toda a comitiva portuguesa e espanhola. Para a sua construção foram necessários mais de um milhão de cruzados. Em 1746 faleceu Filipe V, e o príncipe das Astúrias subiu ao trono com o nome de Fernando VI, agarrando assim a princesa D. Maria Bárbara a coroa de rainha de Espanha. Paquis e Dochez na sua Historia de Espanha «que D. Maria Bárbara era dotada das maneiras mais perfeitas, tinha um carácter meigo, mas com disposições para a avareza.» A rainha de Espanha exercia uma grande influência sobre o marido, que tinha herdado do pai, como dizem os referidos historiadores no carácter melancólico, a indolência e a incapacidade.» 
À sua influência e bom senso se deve o facto de terem terminado as pendências que existiam entre Portugal e Espanha. O embaixador em Lisboa, o marquês de Candia, foi logo substituído pelo duque de Sotto-Mayor, o que fez modificar a política espanhola em relação a Portugal. D. Maria Bárbara faleceu sem ter filhos, sendo herdeiro do trono, por morte de Fernando VI, seu irmão Carlos III.